domingo, 30 de agosto de 2009

oK, eu preciso pensar em alguma coisa. Ouvir a voz interior? Isso deve ser fácil. CRI-CRI-CRI. oK. PAREM o System of a Down. oK. oK? É, oK. oK? humm... Vamos procurar inspiração. Liga a TV. hum. DESLIGA a TV. Ler? Meus olhos estão ardendo, mas obrigado por sugerir. Alias, quem é você? Ah, sim! Alter-ego, me desculpe, é que já faz tanto tempo. Então... hum... Alter, posso te chamar de Alter, certo? Como vão as coisas? Não, não, não... Tem algo muito errado aqui. Walter, quer dizer, Alter, não me leve a mau, mas eu eu me sinto mal falando sozinho, sabe como é né? Não? Ah...
Então, né. Desenha um pentagrama. Apaga as luzes. Tenta acender velas. TENTA. Acende as luzes. Acende as velas. Apaga as luzes. Deita no centro do desnho e invoca os espíritos das Musas. Musas? hum.. Walt... Alter quer ouvir MUSE. NÃO! Alter não tem poder sobre este corpo! Alter quer ouvir MUSE. oK, mas só uma música. APOCALYPSE PLEASE. HOUSE OF RISING SUN. SING FOR ABSOLUTION. SUPERMASSIVE BLACKHOLE. STARLIGHT. YES PLEASE. DEAD STAR. SHOWBIZ.
Mas era o que mesmo que eu queria fazer? Ah já me esqueci! Alter diz que se eu esqueci é por que não era importante. humm... Será? Alter também não lembra. Ah sim, eu tinha que fazer uma redação até quarta, mas era sobre o que mesmo? Alter não lembra. Alter disse que eu devia trocar de nome, fazer plástica, me mudar para a Noruega para ser detetive meio-expediente e os outros meio ser dançarino transformista. Eu disse não. Alter me xingou de "bobo" e disse que eu nunca concordo com ele. Aff. Alter foi embora. TICK-TOCK. oK, eu preciso pensar em alguma coisa.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Como liguei diretamente o ódio ao amor.

Passo dias enumerando o que eu odeio. Odeio, odeio, odeio, odeio. Não sei porque, mas odeio. De Oasis a gente metida, de suor a funghi. Ando na rua e enumero o que odeio: sol, pessoas andando devagar, cadê o ônibus?, estou com fome, odeio sair. Entro na escola, e novamente vejo meu ódio nas coisas: professor chato, matéria chata, ter que ler cada texto, geometria plana, orações subordinadas, voz daquela mulher, posso ir no banheiro? não, intervalo?. E na volta, porque essa pessoa ouve essa musica tão alta? Ah buracos e balanços, não posso nem recostar minha cabeça para dormir nessa meia hora de viagem para casa. E em casa, há chocolate mas não posso comer, repolho, cenoura e brócolis descem pela minha garganta cantando e dançando, e eu parada esperando, sem respirar para ver se já desceu tudo. Estudar física! Oh não, recuperação amanhã! Tudo isso se resume em um verbo: Odiar. Odeio tudo que me obrigam a fazer, a comer, a estudar, a pensar! E grito por dentro tentando aliviar.

Mas não tem nada como tomar um belo suco de manga, sentar e perceber que seu filme favorito (Alfie, com Jude Law) está passando. Ir na cozinha, abrir a gaveta e pegar uma colher, e assim fechar a gaveta com o próprio corpo, assim de lado, dando uma "bundada" na gaveta. Passar horas no banheiro passando cremes, dançando para um espelho e cantando para um público inexistente. Escrever cartas para ninguém, tirar fotos para deletar, passar uma hora caminhando numa esteira de academia (bem, eu curto), ouvir aquela musica que está na sua mente, baixar outras, pensar no amor da sua vida, até chorar de felicidade vale. Começar com um rabisco e depois perceber que você desenhou alguém. Amo muito, ah, amo amo amo. Deitar no sofá e simplesmete ficar ali, pensando e pensando e achando que estou filosofando. Amo, é amor. Amor pela gelatina, pelas fotos, pela música, pelo desenho. Que magnífico, que lindo, que mágico.

_Filha, sua semana de prova não começa amanhã?
Ódio. Não posso fugir de ódiar.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Eu acordei e estava chovendo. Eu acordei e estava frio. Olhei para o céu e estava cinza. Olhei para dentro de mim e ouvi uma canção. Mad World. Ela era triste, chuvosa e cinza. Falou em Mad World lembrou de que? Bom, eu lembro de Donnie Darko. Será que viagem no tempo existe? Eu queria voltar aos meus 7 anos de idade. Eu fico triste porque as crianças desperdiçam sua infância, porque EU desperdicei a minha. E agora a vida é um tédio mortal sempiterno, será que daqui pra frente melhora? Bem, isso só o Frank sabe.

Diálogo.

Obs:
Amigo 1: Ed
Amigo 2: Jonh

Dois amigos que não se viam a muito tempo, mais ou menos a uns 9 ou 10 anos se encontraram em uma lanchonete e começaram a conversar:
Amigo 1: hey Jonh!
Amigo 2: Ed! Quanto tempo cara!
A1: É mesmo, né. Não nos vemos desde quando hein?
A2: Hmm....desde o 2º grau, creio eu.
A1: Putz, muito tempo mesmo. Mas e aí, como vai a vida?
A2: Vai bem. Depois que eu me formei em medicina fui trabalhar no hospital central aqui da cidade. Estou a um bom tempo lá
A1: Ah que legal! E você se casou, tem filhos?
A2: Que nada. Estou e sempre estarei sozinho nesse mundo...fazer o que né. E o que você anda fazendo da vida?
A1: Nada. Não terminei minha faculdade pois minha esposa, namorada na época, engravidou. Aí larguei os estudos para trabalhar para sustentar nosso filho...vivo de bicos por aí...

Então, um silêncio toma conta do local durante um bom tempo. Cada um continua bebendo suas respectivas bebidas. Mas algo mudou naquela hora. Joh recebeu uma ligação com a notícia de que um de seus pacientes do hospital havia falecido. Já era o quinto naquele mês. Seu estado emocional se agravou ainda mais mas ele tentou não demonstrar isso e continuou a conversar com Ed:

A2: Ah cara, que pena. Mas quando puder, volte aos estudos!
A1: Sei não....fazer o que, sou um completo inútil mesmo. Não sirvo pra nada e ninguem. Nem sei porque ainda estou vivo.
A2: Não pense assim. Todos servimos para alguma coisa nessa vida.
A1: Discordo de você mas mudemos de assunto. Já viu essa nova onda que ta rolando por aí?
A2: Qual?
A1: Venda de Órgãos no mercado negro e tal.
A2: Ah sim. Dizem que pagam bem, dependedo do estado e do ógão.
A1: Um rim tá valendo uns R$10.00,00. Acho que venderia o meu pra ver se melhoro de vida.
A2: Se eu não dependesse totalmente do meu cérebro eu o venderia.
A1: Eu compraira o seu cérebro. Daria uns cem, dusentos reais no máximo por ele *falando em tom de ironia*
A2: O que?! Meu cérebro vale muito mais que isso! Tenho Doutorado e falo 4 idiomas diferentes!
A1: Blah blah, grandes merda..
A2: Quem é você para julgar meus conhecimentos e propor preços a meu cérebro? Você é um grande babaca, isso sim. Fez merda mais novo e agora arca com as consequências.
A1: Fiz mesmo e me revoltei agora. Pra que fui te encontrar, pqp. Quero mais é que voce vá pra merda, seu idiota! Não preciso de mais ninguém se metendo na minha vida não.

Ed sai revoltado da lanchonete. Jonh fica, termina de tomar seu suco de laranja, pega o seu carro e vai embora. Porém, com a cabeça cheia e confusa ao extremo depois da discussão, ele desvia a sua atenção do trânsito e sem querer ultrapassa um sinal vermelho e acaba se chocando fatalemnte contra um caminhão. Ed, ao sair da lanchonete, sai em busca de uma loja de ferragens. Ao encontrar uma, ele compra uns dois metros de corda e procura a árvore mais próxima. Sem motivos para continuar a viver, ele faz um laço em volta de seu pescoço, amarra a outra ponta da corda na árvore, sobe em um galho e pula de lá. E o barulho de seu pescoço quebrando ecoa pela rua vazia e sombria naquela tarde.

domingo, 23 de agosto de 2009

Noites em Claro

Bom, vou iniciar minha presença aqui no blog com um poema que eu fiz, críticas construtivas sao muito bem vindas , pois acredito que assim que nós crescemos...

Noites em Claro

Deito em meu leito
Fecho os olhos e tento achar minha paz

Porém algo me perturba,
Não sei sua origem, seu meio
E muito menos seu fim
Segundos se tornam horas

Anjos caídos me acordam
Tirando a paz, que tanto buscava
Demônios agitados pairam sobre mim
O delírio me seduz

Amanhece após algumas horas
O dia se passa
E chega o adorável crepúsculo
Logo deprimo-me, percebendo
Que tudo se repetirá

Thiago K. Lago

Here We Go.

   Caminhos diferentes, pessoas diferentes, pensamentos diferentes. Isso descreve quase que por inteiro os 4 autores desse blog. Ao mesmo tempo tão parecidos e tão diferentes, tão próximos e tão distantes. E unidos por uma única causa: escrever. Escrever por gosto e não por obrigação. Se expressar de uma maneira diferente e única que só a escrita pode proporcionar. Textos dos mais variados tipos e temas que com a leitura deles, descreverá o perfil de cada um dos autores. 
   O grupo nasceu com o intuito de reunir pessoas que gostam de escrever, não importando se escreve bem ou mal (que fique claro isso) e conversas agradáveis. Aqui serão divulgados nossos textos e espero que gostem.

Membros fundadores:
Ricardo
Christine
Thiago
Daniel